Capítulo 2:
17 de Julho de 1947

Era quase fim da tarde quando Roland chegou da pequena carpintaria trazendo a ultima cadeira que havia produzido para fechar o conjunto de jantar da nova casa. Marie fazia o lanche dos meninos, para que logo em seguida pudessem sair para passear. Klaus e Alec não tinham amigos ainda, a mudança de cidade foi recente e hoje seria o primeiro dia de cumprimentar os vizinhos e conhecer a Vila.


   - Meninos, peço que estejam em casa antes das 21h ok? Niklaus, fique sempre atento ao seu irmão. - Disse dando ordem como toda mãe faz.

    - Sim senhora, chegaremos no horário. Já podemos ir?

   - Retirem os pratos da mesa e coloquem na pia. Alec, antes de sair, passe para falar com seu pai, ele tem uma novidade para lhe contar.

Alec correu para deixar a louça na pia e foi imediatamente falar com seu pai. Ele mal podia esperar para saber o que ele tinha a dizer.

   -  Licença Papai, a mamãe disse que o senhor queria falar comigo.



  - Meu Alec, hoje o sr.McAdams ofereceu uma vaga para auxiliar de carpintaria, e me deixou encarregado de escolher meu próprio ajudante. - Enquanto falava, Roland podia notar a expressão de surpresa no rosto de seu filho, mas continuou instigando-o ainda mais. - Mas, preciso de alguém que goste desse tipo de serviço, um jovem que esteja disposto a trabalhar duro e…. - Mal conseguiu terminar a frase e o pequeno Alec o interrompeu.

  - Eu! Eu! Eu! Eu! Eu quero ser seu ajudante, pai. - Ele estava todo animado e queria ser escolhido.

   - Eu havia pensado no seu irmão, porque esse trabalho precisa de força e… - Mais uma vez ele é interrompido.

   - Não! O Niklaus não gosta desse tipo de coisa. Ele é muito preguiçoso e não sabe mexer com as ferramentas. - Ele não sabia que seu irmão podia ouvi-lo.


   - Eu ouvi isso! Seu mini carpinteiro. - Klaus soltou uma risada e foi ao encontro dos dois.

    - Hm, quer dizer que você é um mini carpinteiro?!

   - Sim senhor, eu serei seu melhor assistente, se me contratar não vou te decepcionar.


   - Pai, eu abro mão da minha vaga para este pequeno homem valente servir ao seu lado. - Kalus deu um tapinha nas costas de Alec como se estivesse fazendo um favor.

   - Sendo assim, Alec Vicent Mikaelson, eu o declaro meu assistente oficial.


Depois de comemorarem juntos essa conquista, Roland seguiu para ajudar Marie a organizar a cozinha e inaugurar a tão sonhada mesa de jantar  . Os meninos que esperavam o sol se por, puderam sair e conhecer os arredores.







A pequena Vila em que moravam era composta por oito casas, mas para não serem vistos como mal-educados ao invés de bater de porta em porta, eles somente esperavam que os moradores saíssem para a pracinha central.


Havia crianças brincando próxima a fonte de água, enquanto Alec tentava fazer amizade, Klaus apenas sentou em um banco e pegou um livro para ler. Enquanto mergulhava nos pensamentos mais profundos de sua imaginação, ouviu o som de uma doce voz tirar sua atenção.

   - Boa noite. Você é o nosso novo vizinho?

Ela tinha um rosto angelical, parecia feita a pincel e vestia um vestido delicado. Seus olhos cor de mel, seus cabelos pretos, tudo parecia se encaixar perfeitamente. Klaus não pensou duas vezes, deixou seu livro de lado e voltou toda sua atenção para ela.



   - Sim senhorita, muito prazer em conhecê-la. Eu sou um dos Mikaelson, Klaus Mikaelson.

   - Vi a hora que seu pai chegou hoje mais cedo, ele carregava uma cadeira de madeira apenas usando alguns de seus dedos, como se fosse algo muito leve. Ele deve ser bem forte.

Não acredito que meu pai se quer disfarçou usar de sua força. Assim levantaremos suspeitas mais rápido do que imaginamos.

Ainda meio sem jeito de continuar, ele rapidamente pensou e falou: - Ele trabalha em uma carpintaria, está acostumado a carregar peso.

   - Ah, entendi. Mas e você? Está sozinho? Eu sei que a Vila é pequena, e talvez seria legal a gente ir a uma lanchonete, o que acha? Aproveito e te mostro algumas coisas da cidade no caminho.

Klaus sentiu suas mãos suarem e seu coração bater um pouco mais forte, ele precisava se controlar para não colocar tudo a perder. O cheiro dela já o despertava naturalmente, mas o seu lado sombrio não podia ser revelado.

  - Eu...Eu... estou acompanhando meu irmão mais novo. Mas, consigo resolver isso em alguns minutos. Se me permite, vou em casa buscar minha carteira e pedir para minha mãe olhar o Alec.

   - Tudo bem, eu espero.


 Ele chamou por Alec, mas seu irmão não queria sair da brincadeira.



Então, foi em casa e procurou por sua mãe. Ela lhe deu permissão para que saísse com a sua nova amiga. Logo em seguida, subiu correndo as escadas para buscar a sua carteira, a achou e guardou no bolso da calça, e partiu ao encontro da mocinha que acabara de conhecer.



   - Me perdoe faze-la esperar. E antes de irmos gostaria de saber o seu nome.

   - Ai que cabeça a minha, acabei esquecendo de me apresentar. Meu nome é Flora Barcellos. – Dentro dela surgia um sentimento de confiança, como nunca existiu com nenhum outro rapaz. Ele parecia ser tão educado e respeitoso, mas ela não podia tirar conclusões apenas em uma noite.


  Enquanto conversavam ao longo do caminho, ela o mostrava lugares específicos da cidade. 


E para eles, o tempo de caminhada passou voando. Até que eles chegaram a lanchonete.


   - Por favor Senhor, gostaríamos de uma mesa para dois. – Ele sorriu para Flora, que o retribuiu com um aspecto meio envergonhada.


   - Me sigam, por favor. Essa noite vocês podem escolher a musica no Jukebox, moeda por conta da casa.

    - Perfeito. Obrigado.


Antes de sentar, Klaus foi até o Jukebox e escolheu a musica “ How High the Moon - Ella Fitzgerald.



Pediram para que trouxessem o cardápio. E ao longo da noite jantaram, conversaram e se conheceram um pouco mais.





Ainda naquela noite, Alec se despediu dos amigos pois o horário limite já se aproximava, seguiu para casa, tomou um banho e foi dormir logo depois de desejar uma boa noite a sua mãe. Marie tinha muito orgulho da obediência dos seus filhos, e se pegou pensando em quando teria netos, quando ouviu Roland chama-la. Era o horário da refeição de plasma, e passar muito tempo com sede poderia ser uma grande tragédia.


     - Querida, por favor, preciso do seu plasma.

   - Ok, meu bem. – Ela tirou as luvas, esticando seu braço para que seu marido pudesse desfrutar do plasma de seu pulso, assim seria mais fácil de esconder a marca afiada de seus dentes.



    - Você é tão generosa comigo, mas agora precisa descansar, não quero que passe mal por minha causa. – Mesmo ela tendo se oferecido como forma de “bebida”, ele sempre quis encontrar alternativas para que sua esposa ficasse livre. Ele se sentia a pior pessoa em tê-la que usar para isso.



   - Eu sei no que você deve está pensando meu amor, eu prefiro deixar as pessoas da cidade segura. Sei que você é sensato, mas a sua sede pode se tornar incontrolável.

   - Eu juro que queria me adaptar as frutas plasmas. – Ele passava por problemas intestinais toda vez que as consumia, e foi obrigado a parar.

    - Não se preocupe, daremos um jeito em breve. Agora vou descansar um pouco.


Marie deitou para dormir e Roland desceu para ouvir um pouco a rádio. Alguns minutos depois, Klaus chegou.





    - Meu garato! Como foi o encontro com aquela moça bonita? – Disse com um leve sorriso de orgulho pelo filho.

    - Pai! Isso não foi bem um encontro, só saímos para nos conhecermos. – Ele estava um pouco sem graça, com a pergunta.

    - Filho, sei que essa deve ser a primeira vez que sai a sós com uma moça. Só quero ajuda-lo, tirar suas dúvidas.

    - Eu não sei ao certo, mas com a Flora eu me senti livre para conversar. Ela foi uma ótima companhia. Doce, engraçada e de uma beleza que nunca tinha visto.

   - Klaus, você deve sempre demonstrar respeito e ir devagar. Não quero que fique mal falado aqui na vizinhança, ainda precisamos nos adaptar.


   - Sim meu pai, prometo ao senhor que a tratarei sempre com respeito. Meu pai, falando em nos adaptarmos, a Flora comentou que viu o senhor carregando uma cadeira de madeira usando apenas os dedos.  - Ele riu, sabia que seu pai gostava de enaltecer a sua força vampírica.

   - Eu jurava que ninguém estava vendo. – Ele sorriu e continuou – Estou terminando de fazer os criados-mudos para entregar a sua mãe e depois fazer um espelho para decorar o quarto, o que acha?

    - Tenho certeza que ela irá gostar. Bom meu pai, eu preciso ir dormir.

   - Vá meu filho, amanhã teremos um treinamento. Então já sabe, de pé as 4h da manhã, ok?

    - Sim Senhor!



Depois que Niklaus se dirigiu para o quarto, Roland saiu discretamente da casa para sondar o local, e tentar identificar a existência de outros vampiros. Mas de duas coisas ele tinha certeza, uma: sua linhagem tinha vantagens sobre qualquer um; Dois: ele em breve iria conhecer seus amigos e seus possíveis inimigos. 

Continua...


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6 comentários:

  1. EHEHEHE PRIMEIRA AQUI!
    Vamos lá Viic! Que vila maneira, amei como tu colocou tudo em preto e branco e antigo! Que figurino maravilhoso! Marie parece ser uma boa mãe :D e também muito rígida xD
    Muito interessante o modo de vida simples que eles levam, e achei um ato de gentileza enorme Marie alimentar o esposo :D
    Flora é linda! Louca pra saber mais sobre ela, Klaus é mt educado <3
    Amei o jeito afobado do Alec, muito fofo!
    Inimigo? WOW quero saber mais sobre isso hein, e também esse negócio da linhagem...muito interessante :)
    Beijos! Você é muito criativa, continue assim <3

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    1. AAAA, Primeirinha!!
      Que bom que você gostou, tento sempre fazer o máximo pra caprichar. Veremos até onde irá esse jeito rígido da Mamãe maravilhosa, e sim, bancar um vampiro não deve ser fácil!
      Sim, a Flora é muito linda! Klaus teve uma boa educação e muito puxão de orelha ahaha.
      Alec é um troço hahaha.
      Será que vem inimigos por aí? Prefiro amigos hahaha. Veremos mais sobre essa linhagem em breve.
      Beijos e obrigada, volte sempre! Você é um doce.

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  2. Oie
    Amei o cenário!! Klaus kid e tudo mais!!!
    Flora Barcellos é fofa :D
    Deve ser em difícil controlar a força sendo um vampiro kkkkk
    não sei se acho fofos Marie e Alec ou se acho ele malvado kkkkk,
    Adorei o capítulo :D

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    1. AAAA, primeiramente obrigada!
      Eu adorei o cenário também! Klaus e o irmão, dois fofos.
      Ela é meiguinha e extrovertida.
      Pow, carregar com apenas um dedo, da muito na cara hahaha.
      Quem sabe descrever esse casal? Também não consigo kkkkk
      Volte Malu, beijinhos

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  3. Oiiiiiiiieee, Vic!!! :D
    Comentando: :D

    1. Que super produçãooooooo!!! Nossa!!! \o/ Cenário, roupas, a cor das fotos, o estilo do cabelo de Marie!!! Vic, tu arrasou demaaaaaaaaaaais!!! AMEI!!! :D

    2. E achei a Marie um amor! E amei que ela colocava os meninos para cuidar da louça, da casa. Certíssima!!! :) Também amei o Roland! Ele me pareceu ser um bom marido e pai! :) Muito lindo isso! :)

    3. Que vila lindaaaaaaaaaaaa!!! \o/

    4. A Flora é muito linda!

    5. E, nossa, então nesse ponto a família dele já possui segredos sobrenaturais! Ameiiiii!!! :D

    6. E que lanchonete tooooooooop!!! Estou amando demais os detalhes, os cuidados com as cenas!!! :D S2 E amei a música que Klaus escolheu! :) Óoooootimo gosto!!! Elegância 100%, sim ou claro? :D

    7. Nossa... Então Marie cedia a si mesma como fonte de alimentação para o marido! É muito amor, viu! E dele tb, por procurar fontes alternativas!

    8. Adoreiiii a conversa entre pai e filho! :D

    Vic, você super arrasa na escrita (amo seu estilo de escrever!) e sua história está maravilhosa, impecável!!! Parabéns!!! :D S2

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    1. Sally!!! Bom te ter aqui de novo.

      1.AAAA, você é incrível! Tentei caprichar o máximo que conseguia. Deu muito trabalho mas adorei fazer.

      2.Ela é uma mãezona, e os meninos tem que ajudar mesmo. Tanto em casa, como fora. Roland é super pai também, e o pequeno Alec é muito grudado nele.

      3. AAAAA, Que trabalho que essa vila me deu, mas saiu e eu amei!

      4. Ela é!!

      5. Segredinhos, será que a gente vai saber pelo menos mais um?

      6. AAAAA, a lanchonete eu achei prontinha, só dei uma incrementada no estacionamento e com alguns itens. Quem diria, que Vlad seria Anfitrião hahaha. A música é bem elegante mesmo, ele adora!

      7. Pois é, pobre humana bolsa de sangue. Mas quem sabe ele consiga dar um jeito!

      8. Klaus tadinho, primeiro encontro, todo desconsertado. Ainda bem que Roland sabe ser um bom pai.

      Sally, de verdade, suas palavras são maravilhosas! Músicas aos ouvidos. Obrigada e Volte Sempre!

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